Eu dançaria contigo até nossos sapatos ficarem gastos e nossos pés no chão. Dançaria contigo até que nossas roupas rasgassem, de tanto se encontrarem, com nossos corpos juntos. Ficaria contigo, nessa dança, até que a música acabasse, o baile terminasse, o dia outro virasse, tudo se renovasse. Eu dançaria contigo na chuva, debaixo d'água, de cabeça pra baixo, de qualquer jeito. Dançaria até que ficássemos exaustos e quiséssemos encontrar descanso, exatamente, nos braços um do outro. Dançaria contigo, já de pé no chão, até que ficassem em carne viva. Veja, eu ficaria contigo aqui, se preciso, até que tudo se acabasse. E, se possível, começaria tudo de novo. Dançaria mais, e mais, e mais. Nunca perderíamos o ritmo, já que nossos pés se conhecem bem o suficiente para saber onde cada um estará, sintonia perfeita. E mesmo que acabássemos por dar pequenos pisões um no outro, a gente sabe que dançar é assumir esses riscos, e seguiríamos. Eu dançaria contigo no pra sempre que a próxima música couber na gente.
Dança comigo?
(G. Lacombe)
Nenhum comentário:
Postar um comentário