sexta-feira, 19 de abril de 2013 0 comentários

Responda-me!


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Eu sei!


Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali... Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo e muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela pra longe daqui… ♪♫♪

(NANDO REIS)


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Que assim seja!


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Sentindo lonjuras


O médico perguntou:
- O que sentes?
E eu respondi:
- Sinto lonjuras, doutor.

Sofro de distâncias.


                             Caio F. Abreu
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Espero aprender antes de morrer.



Clique na imagem acima para melhor visualização do texto.

quarta-feira, 20 de março de 2013 0 comentários

Ensinamento



Adélia Prado*




Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.



* Adélia Luzia Prado Freitas (Divinópolis, 13 de dezembro de 1935[1]) é uma escritora brasileira. Seus textos retratam o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico, uma das características de seu estilo único. Professora por formação, exerceu o magistério durante 24 anos, até que a carreira de escritora tornou-se a atividade central. Em termos de literatura brasileira, o surgimento da escritora representou a revalorização do feminino nas letras e da mulher como ser pensante, tendo-se em conta que Adélia incorpora os papéis de intelectual e de mãe, esposa e dona-de-casa.

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Morada

Forfun*





Faço de mim
Casa de sentimentos bons
Onde a má fé não faz morada
E a maldade não se cria

Me cerco de boas intenções
E amigos de nobres corações
Que sopram e abrem portões
Com chave que não se copia

Observo a mim mesmo em silêncio
Porque é nele onde mais e melhor se diz
Me ensino a ser mais tolerante, não julgar ninguém
E com isso ser mais feliz

Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo

Faço de mim
Parte do segredo do universo
Junto à todas as outras coisas as quais
Admiro e converso

Preencho meu peito com luz
Alimento o corpo e a alma
Percebo que no não-possuir
Se encontram a paz e a calma

E sigo por aí viajante
Habitante de um lar sem muros
O passado eu deixei nesse instante
E com ele meus planos futuros
Pra seguir

Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo


* Forfun é uma banda do Rio de Janeiro, formada no ano de 2001. No início, o som do grupo era influenciado por bandas de pop punk da Califórnia, como o Blink 182 e o Green Day.[carece de fontes] Desde 2008, com o lançamento de seu segundo disco — Polisenso, a música do Forfun está mais ligada a ritmos latinos, africanos e jamaicanos, unidos a elementos eletrônicos, mas tudo sem deixar de lado o contato com o rock.  O nome da banda surgiu da expressão "for fun", que em português significa "por diversão", usada como uma gíria por um grupo de amigos que andavam de skate e surfavam juntos, grupo do qual os integrantes da banda faziam parte na época.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013 0 comentários

Recomeço


terça-feira, 15 de janeiro de 2013 0 comentários

Atraso Pontual



Ontens e hojes, amores e ódio,
adianta consultar o relógio?
Nada poderia ter sido feito,
a não ser o tempo em que foi lógico.
Ninguém nunca chegou atrasado.
Bençãos e desgraças
vem sempre no horário.
Tudo o mais é plágio.
Acaso é este encontro
entre tempo e espaço
mais do que um sonho que eu conto
ou mais um poema que faço?

( Paulo Leminski )
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012 0 comentários

Ao Perder-te



Ao perder-te eu a ti,
tu e eu teremos perdido.
Eu, porque tu eras
quem eu mais amava.
E tu, porque eu era quem
te amava mais.
Mas de nós dois,
tu terás perdido
mais que eu.
Porque poderei amar a
outros como amava a ti.
Mas a ti não amarão,
como te amava eu.

Ernesto Cardenal


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012 0 comentários

Se for para acabar que seja assim....




"Falta pouco para acabar
o uso desta mesa pela manhã
o hábito de chegar à janela da esquerda
aberta sobre enxugadores de roupa.
Falta pouco para acabar
a própria obrigação de roupa
a obrigação de fazer barba
a consulta a dicionários
a conversa com amigos pelo telefone.

Falta pouco
para acabar o recebimento de cartas
as sempre adiadas respostas
o pagamento de impostos ao país, à cidade
as novidades sangrentas do mundo
a música dos intervalos.

Falta pouco para o mundo acabar
sem explosão
sem outro ruído
além do que escapa da garganta com falta de ar.

Agora que ele estava principiando
a confessar
na bruma seu semblante e melodia."

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 29 de novembro de 2012 1 comentários

A boa música potiguar brasileira

Pau-ferrense, radicada em Mossoró, a cantora  e compositora Kekelly Lira tem se destacado por suas primorosas interpretações da música popular brasileira em shows ao vivo. Com a sua linda voz, Kekelly é atração sempre muito aplaudida nos melhores espaços musicais do estado Rio Grande do Norte. 

O vídeo abaixo é uma amostra da qualidade do seu talento vocal. Kekelly interpreta com maestria a belíssima canção "Minha Casa", de autoria de Marcos Ferreira e Genildo Costa.



Música: Minha Casa 
Autor: Marcos Ferreira / GenildoCosta 
Intérprete e Edição: Lira Kekelly
Ilustração do vídeo de Marcelo Amarelo




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AGENDA


Kekelly  Lyra apresenta-se amanhã (30), no BOM BAR Restaurante, localizado à Rua Frei Miguelinho, 599 (próximo à Praça de Convivência), em Mossoró-RN, abrilhantando a já consolidada Sexta Bombar, projeto musical que ocorre semanalmente e agita o fim de semana mossoroense, sempre com altas vibrações. 

Eu recomendo!



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Sendo eu



* Imagem: Someday by Lim Heng Swee


Sendo eu 
sou mais.
Simples. 
Sem menos 
e sem mais.

Por Alexandre Reis
www.facebook.com/EscrevendoSemeando

quarta-feira, 21 de novembro de 2012 0 comentários

Sei... Eu sei.


Sei
Nando Reis


Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair…

Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali... Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo e muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela pra longe daqui…

Sabe, quando passa a nuvem brasa
Abre o corpo, sopro do ar que traz essa pessoa
Quando quer ali deitar, se alimentar
E entregar seu corpo pra pessoa
Quando pensa porque não disse a verdade
É que eu queria que ela estivesse aqui…

Sei... Eu sei.



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Abre-te, sésamo!



“A felicidade não entra em portas trancadas.”

Chico Xavier





* "Abre-te, Sésamo!": a
 frase mágica usada por Ali-Babá em As Mil e Uma Noites era a senha para que a porta do esconderijo dos 40 ladrões se abrisse automaticamente. Ele ouviu por acaso a expressão correta para entrar no local. Mais do que o mistério de como essa espécie de controle remoto das arábias funcionava, a frase guarda outro segredo: o que é sésamo? Na verdade, a expressão “abre-te, sésamo” é uma metáfora que significa “abre-te como um sésamo se abre”. O sésamo em questão é, no português de Portugal, o gergelim, planta que se abre devagar liberando suas sementes (aquelas que vêm em cima do Big Mac). Assim, o que Ali dizia ao chegar em casa era: “Abre-te, gergelim”. A confusão acontece no Brasil, porque as traduções da história que chegaram aqui, no século 19, estavam em português europeu. E, de lá para cá, ninguém se lembrou de perguntar: afinal, quem é esse tal de “Sésamo?”

terça-feira, 20 de novembro de 2012 0 comentários

Eu apenas queria que você soubesse


Eu Apenas Queria Que Você Soubesse
Gonzaguinha

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
quarta-feira, 14 de novembro de 2012 0 comentários

Andança

"(...) Vim de longe léguas
Cantando eu vim...
(me leva amor)
Vou não faço tréguas
Sou mesmo assim..."




(Música de Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós)



terça-feira, 13 de novembro de 2012 0 comentários

Um certo alguém




Um Certo Alguém
Lulu Santos



Quis evitar teus olhos
Mas não pude reagir
Fico à vontade então
Acho que é bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção

E quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho
E te mudou a direção

Chego a ficar sem jeito
Mas não deixo de seguir
A tua aparição

E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

Me dê a mão
Vem ser a minha estrela
Complicação
Tão fácil de entender
Vamos dançar
Luzir a madrugada
Inspiração
Pra tudo que eu viver
Que eu viver, uoh, uoh

E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

quinta-feira, 8 de novembro de 2012 0 comentários

Quem mandou você me olhar desse jeito?

Já em clima de Mossoró Mix, trazendo hoje esta linda canção, que faz parte do novo CD da diva Ivete Sangalo lançado em outubro passado. A música "No brilho desse olhar" já é sucesso como boa parte das músicas da cantora. Ao som dela, fico aqui contando as horas pra curtir o show desse furacão baiano, amanhã. 






No brilho desse olhar
Ivete Sangalo


Quem mandou você me olhar desse jeito?
Agora vai ter que cuidar desse amor
Não tem mais jeito
Isso é perfeito
Isso é perfeito

Toda vez que você vem faço festa
Eu conto as horas pra poder te tocar
Fico pensando
Se eu te mereço
Se eu te mereço

Lá fora a chuva cai
E nós dois aqui
A arder de amor
A arder de amor
O tempo pára quando a gente ama

Quero ver no brilho desse olhar
O gosto do prazer
Amar é mesmo assim
Não vai mudar
Só você que me faz sonhar
E me faz viver
Pra sempre vou te amar

Eu quero ver no brilho desse olhar
O gosto do prazer
Amar é mesmo assim
Não vai mudar
Só você que me faz sonhar
E me faz viver
Pra sempre vou te amar

Toda vez que você vem faço festa
Eu conto as horas pra poder te tocar
Fico pensando
Se eu te mereço
Se eu te mereço

Lá fora a chuva cai
E nós dois aqui
A arder de amor
A arder de amor
O tempo pára quando a gente ama

Quero ver no brilho desse olhar
O gosto do prazer
Amar é mesmo assim
Não vai mudar
Só você que me faz sonhar
E me faz viver
Pra sempre vou te amar

Eu quero ver no brilho desse olhar
O gosto do prazer
Amar é mesmo assim
Não vai mudar
Só você que me faz sonhar
E me faz viver
Pra sempre vou te amar


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Só isso!

Autoria desconhecida


quarta-feira, 7 de novembro de 2012 0 comentários

É dessa vez


É dessa vez
Nando Reis

bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente
Eu não vou chorar, você não vai chorar
Você pode entender que eu não vou mais te ver
Por enquanto, sorria e saiba o que eu sei eu te amo

É bom se apaixonar, ficar feliz, te ver feliz me faz bem
Foi bom se apaixonar, foi bom, e é bom, e o que será?
Por pensar demais eu preferi não pensar demais
dessa vez..
Foi tão bom e porque será
Eu não vou chorar, você não vai chorar
Ninguém precisa chorar mas eu só posso te dizer
Por enquanto, que nessa linda estória os diabos são anjos


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Elegância

Já dizia Paul Valéry, elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir. 




terça-feira, 6 de novembro de 2012 0 comentários

A sua



A Sua
Marisa Monte

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem


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Eu quero!


❝ Quero fim de ano, pés descalços na areia, a brisa do mar, fim de tarde tranquilo, música boa, sem relógio, despertador ou qualquer coisa que me mostre o tempo passando. Quero sair de noite olhar pro céu e ver estrelas, ter tempo pra ver como a lua é bela, observar pessoas, rir, chorar, pensar, viver, cantar, sentir.

Caio Fernando Abreu
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Tão bem



Tão Bem
Lulu Santos

Ela me encontrou
Eu tava por aí
Num estado emocional tão ruim
Me sentindo muito mal
Perdido, sozinho
Errando de bar em bar
Procurando não achar
Oh! Yeh! Yeh! Yeh!

Ela demonstrou tanto prazer
De estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem...

E ela me faz tão bem
E ela me faz tão bem
Que eu também quero
Fazer isso por ela...(2x)

Ela me encontrou
Eu tava por aí
Num estado emocional tão ruim
Me sentindo muito mal
Cansado, perdido, fudido
Errando de bar em bar
Procurando não achar
Oh! Yeh! Yeh! Yeh!

Ela demonstrou tanto prazer
De estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem...

E ela me faz tão bem
Ela me faz tão bem
Que eu também quero
Fazer isso por ela...(2x)

Ela demonstrou tanto prazer
De estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem...

E ela me faz tão bem
E ela me faz tão bem
Que eu também quero
Fazer isso por ela
E ela me faz tão bem!


quinta-feira, 1 de novembro de 2012 0 comentários

Frisson



Frisson
Ivete Sangalo

Meu coração pulou
Você chegou, me deixou assim
Com os pés fora do chão
Pensei: que bom

Parece, enfim, acordei
Pra renovar meu ser
Faltava mesmo chegar você
Assim, sem avisar

Pra acelerar
Um coração que já bate pouco
De tanto procurar por outro
Anda cansado

Mas quando você está do lado
Fica louco de satisfação
Solidão nunca mais

Você caiu do céu
Um anjo lindo que apareceu
Com olhos de cristal
Me enfeitiçou

Eu nunca vi nada igual
De repente
Você surgiu na minha frente
Luz tão sintilante
Estrela em forma de gente
Invasor do planeta amor
Você me conquistou

Me olha, me toca
Me faz sentir
Que é hora, agora
Da gente ir

El cielo te envió
Un ángel bueno, una tentación
Mirada criminal
Que me embrujó

Jamás senti nada igual
De repente
Te vi parada justo en frente
Luz tan brillante

Estrella trasformada en gente
La invasora del planeta amor
Robo mí corazón

Mi ángel, mi alma
Me haces sentir
Que es hora, ahora
De ser feliz

terça-feira, 30 de outubro de 2012 0 comentários

Anjo?

Existem versos e músicas para cada momento da vida. Estes são alguns dos versos e músicas que fazem parte da trilha sonora da minha vida. O poema abaixo é do talentoso cantor da Banda Eva, Saulo Fernandes. Tais versos  acabaram dando origem à música Anjo. Abaixo segue o poema inteiro e o vídeo da música. Aprecie sem moderação.


Poema Anjo
Saulo Fernandes

Hoje eu acordei mais cedo
e fiquei te olhando dormir
Imaginei algum suposto medo
para que tão logo pudesse te cobrir
tenho cuidado de você todo esse tempo
você esta sobre meu abraço e minha proteção
tenho visto você errar e crescer, amar e voar
você sabe onde pousar
ao acordar já terei partido
ficarei de longe escondido
mas sempre perto, de certo como se fosse humano,
vivo, 
vivendo pra te cuidar, te proteger, sem você me ver
sem saber quem sou
se sou anjo ou se sou seu amor
Afinal, quem eu sou?
Seu anjo, ou seu amor?
Tenho asas?
Anjos aparecem invisíveis
Humanos também, quando amam
Quero dizer que já não importa
mais, saber de onde eu venho
Se tudo que sou pra você, é amor
E se ainda assim, quiser voar
Te levo comigo, te mostro as estrelas
Outros alados, Deus, a vida celeste
E depois voltamos pra nossa casa
até nos amarmos
até morrermos
Para dizer que é seu o anel
Sou seu amor na terra
E seu anjo no céu.



Anjo
Saulo Fernandes

Acredita em anjo
Pois é, sou o seu
Soube que anda triste
Que sente falta de alguém
Que não quer amar ninguém.

Por isso estou aqui
Vim cuidar de você
Te proteger, te fazer sorrir
Te entender, te ouvir
E quando tiver cansada
Cantar pra você dormir.

Te colocar sobre as minhas asas
Te apresentar as estrelas do meu céu
Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel.

Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Vou estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Vou fazer tudo que você deseja.

Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.

Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Farei tudo, tudo, tudo que deseja.

Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012 0 comentários

Atração fatal


Rokatia Kleania

Nadav Kander, Erin O’Connor posing as Ophelia, 2004


O pôr-do-sol já se despedia de mim, quando ela mansamente surgiu ao longe. Ainda distante, aquela suntuosa aparição me despertou atenção. O já quase velho coração acelerou repentinamente dentro do peito, numa batida que lembrava o saudoso frevo do último carnaval passado em Olinda. Meu olhar que antes dançava por entre os transeuntes que na busca incessante por saúde e corpos perfeitos faziam suas corridas diárias às margens da lagoa, agora ficara estático diante daquela verdadeira prova da existência de Deus. Haveria amostra mais divinal do que aquele exemplar feminino de beleza? Decerto que não.

Aos poucos fui percebendo, que de forma cadenciada e discreta ela se aproximava. Seu caminhar elegante e suave denunciava que aquela era uma figura feminina singular. Seu vulto agora próximo já se fazia real diante de mim. Nossa! Ela era mais bela do que imaginara minha míope fantasia. É verdade que já havíamos nos cruzado outras vezes, em outros lugares, em outras situações. Naquele início de noite, porém, ao praticamente tocá-la com minha íris, pude enfim perceber o quanto era verdadeiro tudo que diziam seus incontáveis admiradores. Impossível não apreciar tamanha perfeição desenhada sobre aquela branca epiderme.

Ao me flagrar sob o controle de seus encantos, procurei me esquivar. Estrategicamente escorreguei os meus olhos em outra direção, para não ter mais em minhas retinas a doce fotografia da sua face que agora se desenhava em detalhes a minha frente. Contudo já se fazia tarde, o brilho do seu olhar já hipnotizara o meu ser e conduzia sem nenhum pudor o meu querer.

Sabendo-se objeto de desejo de tantos, ela propositalmente brincava com meus sentimentos sem nenhuma compaixão e, como todo ser enamorado, eu totalmente desprovida de receio me oferecia como alvo das suas tão eficazes armas de sedução. Embora aparentemente parecesse observar a todos, o seu achegar me permitiu imaginar que seu olhar distraído me contemplava de modo especial. Conhecedora do seu poder sedutor, ela sabiamente se aproveitou da fraqueza inerente aos apaixonados, que naquele instante em mim fluía, para acenar com um desavergonhado sorriso.

Com a alma inteiramente embriagada e o corpo em total estado tórpido, recusava-me a dizer adeus, embora o último badalar do sino da igreja me avisasse que já era hora de partir. Fiquei ali, pois, por mais alguns instantes, enquanto a via delicadamente deitar-se sobre as águas escuras daquele belo cartão-postal. Seu corpo imerso tentadoramente me convidava a também mergulhar. Dei alguns passos em direção às águas. Totalmente gélida a água em meus pés contrastava com o quente pulsar em meu peito. De repente, em uma orquestrada sinfonia, o coaxar dos sapos, o cri-cri dos grilos e o piscar dos vaga-lumes me acordaram daquele transe lunar e me avisaram que eu não sabia nadar. Olho, pois, mais uma vez para ela e com um saudoso sorriso despeço-me, enquanto ouço ao fundo a Clair de Lune, de Debussi.

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Atração fatal de Rokatia Kleania é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported. Based on a work at www.aspirinasurubus.blogspot.com.  Permissions beyond the scope of this license may be available at www.blogdaprofessorinha.blogspot.com.


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São Demais os Perigos desta Vida




São Demais os Perigos desta Vida
Toquinho e Vinícius

São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua



1. Este poema apareceu pela primeira vez na peça Orfeu da Conceição. É a primeira fala, e quem a diz é o Corifeu. Daí, quando recolheu este texto no seu Livro de sonetos, Vinicius deu a ele o título "Soneto do Corifeu". Mais tarde, o poema foi musicado por Toquinho, e ganhou o título "São demais os perigos desta vida", que deu nome ao disco homônimo (1972) da dupla Vinicius e Toquinho.

2. O soneto é uma composição poética constituída por 14 versos, distribuídos, segundo o modelo petrarquiano (também chamado "soneto italiano"), em 2 quadras e 2 tercetos, as primeiras apresentando duas ordens de rimas e estes últimos duas ou três ordens. O esquema rimático mais freqüente é:
a b b a / a b b a / c d c / c d c


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Feliz Dia do Livro!



"De todos os livros que eu li, quero as melhores virtudes, os amores certos, os sorrisos bons, os valores grandes, os sonhos possíveis, a graça do lutar, a beleza do ser. Quero a magia do sentir e a dádiva do palavrear. De todos os livros que eu li, quero juntar tudo o que for digno de página pra anexar no meu livro: A vida." 

(Wanderly Frota)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012 0 comentários

Compromisso



sábado, 20 de outubro de 2012 0 comentários

Amar



"Amar é mudar a alma de casa",
é ter no outro, nosso pensamento.
Amar é ter coração que abrasa,
amar, é ter na vida um acalento.

Amar é ter alegria que extravasa,
amar é sentir-se no firmamento.
"Amar é mudar a alma de casa",
é ter no outro, nosso pensamento.

Amar, é aquilo que embasa,
é ter comprometimento.
Amar é, voar sem asa,
e porque amar é acolhimento,
"amar é mudar a alma de casa"

(Mário Quintana, in: Apontamentamentos de História Sobrenatural)
quinta-feira, 18 de outubro de 2012 0 comentários

O presente



sexta-feira, 12 de outubro de 2012 0 comentários

O cordel da Mulher Paraibana

Com vocês a sensacional Nordestina (Paraibana) Mayana Neiva e seu “Cordel da mulher Paraibana”, um das melhores descrições da “Mulher Nordestina” que já pude ler e ainda por cima, em forma de poesia! Brava! Incrível! Arretada por demais!

Clique na imagem para melhor visualização


Assista a trecho da entrevista, no Programa do Jô, em que Mayana Neiva recita o seu belo poema: http://www.youtube.com/watch?v=Ag6VrlR0JIk

Fonte: www.nacaonordestina.org
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O Tempo



A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida...
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... 


Mário Quintana

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Liberdade, liberdade, abre as asas...


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Meus Oito Anos

Foto extraída de: http://poesiaseternas2.blogspot.com.br


Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.

Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;

O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !

Que auroras, que sol, que vida
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar

O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !

Oh dias de minha infância,
Oh meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã

Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delicias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha, irmã !

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Pés descalços, braços nus,
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas
Brincava beira do mar!

Rezava as Ave Marias,
Achava o céu sempre lindo
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar !

Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da, minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!


Casimiro de Abreu
quinta-feira, 11 de outubro de 2012 0 comentários

Eu e o tempo

Arte e texto: Orlando Pedroso


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Sou adorinha



"‎(…) Ser pedra não me basta, por isso sou andorinha. E, quando minhas asas eu perder ou então elas  falharem, terei pés capazes de continuar minha jornada, sentindo o chão, a terra, o barro. E, se um dia me aleijarem, terei braços para me levarem até o rio mais próximo e simplesmente nadar. Porque a vida não irá me parar... somente se eu desistir."

(Autoria Desconhecida)



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Coração Ateu


A música abaixo é uma das faixas de destaque da trilha sonora da novela "Gabriela", produzida e exibida pela Rede Globo de 14 de abril a 24 de outubro de 1975, às 22h. Adaptado do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, por Walcyr Carrasco e dirigido por Mauro Mendonça Filho,  um remake da telenovela entrou no ar, em 18 de junho de 2012, com Juliana Paes no papel-título, sendo a segunda telenovela "das onze" da emissora.


Com o remake de Gabriela, voltamos a ouvir belas canções que marcaram época. Hoje, indico uma linda, composta por Sueli Costa, na voz maravilhosa e inconfundível de Maria Bethânia.






Coração Ateu

Maria Bethânia


O meu coração ateu quase acreditou
Na tua mão que não passou de um leve adeus
Breve pássaro pousado em minha mão
Bateu asas e voou

Meu coração por certo tempo passeou
Na madrugada procurando um jardim
Flor amarela, flor de uma longa espera
Logo meu coração ateu

Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento já me despedi
Meu coração ateu não chora e não lembra
Parte e vai-se embora

Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento já me despedi
Meu coração ateu não chora e não lembra
Parte e vai-se embora

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Eu sei, mas não devia

Marina Colasanti´*




Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972)


* Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.


O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012 0 comentários

Por isso...



terça-feira, 9 de outubro de 2012 0 comentários

Valeu a pena!

Autoria desconhecida


quinta-feira, 4 de outubro de 2012 0 comentários

A vida é um círculo



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"Eu só posso está na vida do outro para fazer o bem, para acrescentar, caso contrário, eu sou perfeitamente dispensável."

(Padre Fábio de Melo)
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Oração de São Francisco

Neste momento, aproveito para convidar você que me visita, para, juntos, rezarmos uma das orações mais bonitas que conheço: a oração de São Francisco. Independente da religião, jamais se pode negar a força e a profundidade destas belas palavras quando pronunciadas pelo coração.

Pintura: Oração de São Francisco . F. Ikoma

Senhor! 
Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.


Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Amém!


terça-feira, 2 de outubro de 2012 0 comentários

Pois é!



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Só o amor


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É isso!



segunda-feira, 1 de outubro de 2012 0 comentários

Você ama?

Foto extraída de http://dark.bloguepessoal.com

"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca." 

(Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela")

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Fim do casamento: egoísmo ou democracia?



NÃO ESTOU FELIZ (INVENÇÃO DO EGOÍSMO)

Quando alguém diz que pretende acabar a relação pois não está feliz pensa exclusivamente em sua felicidade. Não estava no casamento.

Felicidade não é egoísmo. E ninguém será feliz do mesmo jeito para definir que deixou de ser feliz.

Felicidade muda rápido demais para se tornar uma resposta. Felicidade é, no máximo, uma pergunta.

"Não estou feliz" é desculpa de quem não deseja mais se esforçar e doar sua ternura. É uma declaração de fundo falso porque não revela o que acontecia na vida a dois.

É blefe, avareza, ausência de cumplicidade. A alegria do casamento é que deveria estar no centro da questão (a matéria a ser avaliada), não a felicidade de um dos dois.

Quando a gente está triste, procuramos igualmente o colo de quem amamos. Estar triste é ter a felicidade de contar a tristeza para nossa companhia e ser confortado.

Mesmo infeliz, ainda existe a felicidade do casamento.

A infelicidade individual é um golpe de estado.

NÃO ESTAMOS FELIZES (ACEITAÇÃO DAS DIFICULDADES)

Já quando alguém diz que pretende se separar pois acha que o casal "não está mais feliz" é uma pessoa pensando na felicidade do par.

Avaliou todos os cenários antes de pedir a conversa.

Percebe que existe uma felicidade de cada um, além da felicidade que é a soma da rotina dos dois, daquilo que realizam para se divertir e amar.

Há a felicidade própria e também um território neutro, onde nos alimentamos do contentamento do convívio e do prazer de estar com o outro (ainda que triste).

Porque a felicidade do par pode sustentar a falta de felicidade individual. Ou a felicidade individual pode compensar a falta de felicidade do casal.

Quando as duas infelicidades se encontram, é difícil resistir à crise.

A infelicidade dos dois é um fim democrático.

Fabrício Carpinejar

sábado, 29 de setembro de 2012 0 comentários

Sobre as mortes inesperadas

Foto: http://inironichell.tumblr.com/


Eu morri. Sem querer, sem desejar, eu morri. Morri a morte dolorida daqueles que inexistem dentro do coração do outro. Morri, enquanto ainda adormecia os meus olhos no sonho inocente de paralisar a máquina do tempo, para recolocar cada coisa em seu lugar. Morri acreditando que podia transformar a estranha realidade do ontem, em um hoje muito mais bonito. Morri, enquanto a expectativa do até breve pernoitava dentro do meu coração, e me fazia acreditar que algumas partidas inesperadas são só um forma desajeitada de dizer: “vou ali, mas já volto”. Morri, acreditando que voltaria. Morri; perdida, dentro da indesejável solidão de quem fica.

Eu morri. Morri; pálida e exausta, com as cores do maior amor do mundo ainda nas pontas dos dedos, revelando minhas inúmeras tentativas de recolorir o seu coração. Morri, enquanto morria aos poucos, submersa em uma crença quase inabalável, de que o amor que carregava dentro do meu peito poderia transformar a sua vida. As suas coisas. As suas tantas fases, quando elas se desencontravam da lua. Morri, entregue ao vento, feito palavra perdida, não pronunciada; não revelada, quando ainda tinha tanto a lhe dizer. Morri muda, como aqueles que se perdem dos seus sonhos e chegam ao final da vida sem nada para contar.

Morri um pouco de cada vez… Uma morte lenta, de quem vai se entregando às pequenas dores, até não sobrar mais espaço na alma para doer. E morri cega, surda e perdida, sem conseguir encontrar o caminho de volta para a minha própria vida, porque mesmo sem você saber, eu estava morando na sua. Eu fiquei lá, morando, sentada, esperando, como quem espera sem nenhuma garantia; mas espera, só porque acredita que amor bonito marca tanto por dentro, que não importa o tempo que leva, ele sempre volta. E traz flores, plantadas dentro de um coração renovado e bem disposto, entregue ao encanto de um amor tão grande que sobreviveu ao tempo de uma espera eterna.  Morri, de tanto esperar.

Morri, vivendo nos seus dias. E enquanto você vivia a sua vida, sem nenhuma vontade de voltar para os braços abertos de quem só espera, eu morria. E morri, sem saber ao certo o meu lugar nessa vida incerta e intempestiva, que nos sorri o sorriso mais bonito quando nos cobre de esperança, e nos mata aos poucos quando as estrelas que ganhamos para iluminar o nosso céu se apagam sem que a gente tenha conseguido tocá-las. Morri, segurando aquela estrela.

Morri, sem conseguir saber de verdade o meu tamanho. Sem saber se minha alma era realmente maior que o meu corpo. Morri, sem ouvir a verdade. Sem ouvir o que você nunca disse. Morri, sem conseguir chegar ao paraíso, encontrar Deus e lhe pedir perdão, pela minha falta de fé. Morri, sem nenhum encanto. Morri sonhando o sonho dos inocentes – dos que ainda acreditam no maior amor do mundo – e enquanto adormecia os meus olhos em uma espera, um anjo me falou que Deus me via. Que embora algumas vezes eu não acreditasse, Ele me via. E me via de um jeito tão bonito, que havia lhe enviado ali, para me dar algumas respostas. E que ele estava ali só para me dizer que um amor tão grande assim, não poderia morrer de repente. Que um amor tão grande assim, merecia mais. Que um amor tão grande assim, deveria se eternizar. Que um amor tão grande assim, deveria deixar alguém para lembrar e contar a sua verdadeira história. E foi só por isso – por ter enxergado no meio da multidão o tamanho do amor que eu carregava dentro do meu peito, sem ninguém saber – que Ele plantou dentro de mim uma semente que deu origem a uma flor: A flor do maior amor do mundo!

Agradeci ao anjo pelo presente. Agradeci a Deus por me amar assim. E, hoje, peço a Deus, que mesmo com a alma soterrada pela falta de esperança e o coração injustamente pisoteado, e ainda no chão, que eu não desista de amar. Que ainda que o tempo não consiga fazer o meu coração voltar saudável para dentro do peito, que eu não desista de amar. Que ainda que me digam que eu morri dentro do coração de alguém, que eu não desista de amar. Que ainda que doa o intraduzível, que eu não desista de amar. E que eu não desista do amor, porque é ele, o meu amor, o maior amor do mundo, que alimenta a minha flor.

Érica Gaião

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A História de Conversa de Botas Batidas


A banda Los Hermanos é conhecida por tocar músicas que falam de amor, emoções, momentos e pensamentos através de melodias suaves, com base nos teclados e nos metais. Conversa de botas batidas é mais uma dessas músicas.

A letra fala sobre uma história que Marcelo Camelo, o compositor e cantor da canção, leu em uma reportagem no jornal. Segundo o próprio Camelo, a reportagem fala sobre um casal de idosos que havia marcado um encontro amoroso depois de muito tempo sem se verem. O hotel em que eles se hospedaram veio a desabar. Na tentativa de salvar o maior número de hóspedes, um funcionário do hotel foi de quarto em quarto batendo nas portas, para que os hóspedes saíssem rapidamente, entretanto, ao bater no quarto do casal, a porta não foi aberta e ninguém respondeu. Não se sabe se eles não quiseram abrir para manter a intimidade, para fugirem do flagrante ou se estavam fugindo. Camelo deu uma nova hipótese para a negação ao alarme do funcionário. Conversa de botas batidas é um diálogo do casal que se ama, que sabe que o fim está chegando e tudo o que querem é curtir cada minuto que lhes restam. Eles só queriam o amor e nada, nem mesmo a queda de um hotel, atrapalharia o casal.

Com a explicação a letra torna-se fantástica. Uma visão romântica e totalmente pertinente para a história. Camelo fez com que uma tragédia virasse uma linda história de amor, lembrando as grandes tragédias shakespearianas, nas quais o final é triste, mas muito bonito e romântico.





Conversa de Botas Batidas
Marcelo Camelo

Veja você, onde é que o barco foi desaguar
A gente só queria um amor
Deus parece às vezes se esquecer
Ai, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
Que a gente vai passar

Veja você, quando é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder
E se amar, se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está de bem

Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar

Diz, quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além
Vão dizer, que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela vai cair

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Fica a Dica


Faça da sua alma o lugar mais bonito do mundo, e deixe entrar aqueles que julgar merecer compartilhar de tamanha beleza. E explore todas as outras que você for convidado a conhecer.

(G. Lacombe)

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Só o amor sabe dividir


sexta-feira, 28 de setembro de 2012 0 comentários

Imagine aí!



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Tudo


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Função da literatura


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Esquecer e perdoar...


quinta-feira, 27 de setembro de 2012 0 comentários

Dança comigo?




Eu dançaria contigo até nossos sapatos ficarem gastos e nossos pés no chão. Dançaria contigo até que nossas roupas rasgassem, de tanto se encontrarem, com nossos corpos juntos. Ficaria contigo, nessa dança, até que a música acabasse, o baile terminasse, o dia outro virasse, tudo se renovasse. Eu dançaria contigo na chuva, debaixo d'água, de cabeça pra baixo, de qualquer jeito. Dançaria até que ficássemos exaustos e quiséssemos encontrar descanso, exatamente, nos braços um do outro. Dançaria contigo, já de pé no chão, até que ficassem em carne viva. Veja, eu ficaria contigo aqui, se preciso, até que tudo se acabasse. E, se possível, começaria tudo de novo. Dançaria mais, e mais, e mais. Nunca perderíamos o ritmo, já que nossos pés se conhecem bem o suficiente para saber onde cada um estará, sintonia perfeita. E mesmo que acabássemos por dar pequenos pisões um no outro, a gente sabe que dançar é assumir esses riscos, e seguiríamos. Eu dançaria contigo no pra sempre que a próxima música couber na gente.

Dança comigo?


(G. Lacombe)
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Tempo

Foto:  http://debemcommorfeu.wordpress.com


‎[...]

Que os anos passem 
e eu leve a minha vida em verso e prosa
enfeitando momentos de tristezas
cantarolando em dias de saudade

Neidinha Borges
 
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