Existem versos e músicas para cada momento da vida. Estes são alguns dos versos e músicas que fazem parte da trilha sonora da minha vida. O poema abaixo é do talentoso cantor da Banda Eva, Saulo Fernandes. Tais versos acabaram dando origem à música Anjo. Abaixo segue o poema inteiro e o vídeo da música. Aprecie sem moderação.
Poema Anjo Saulo Fernandes
Hoje eu acordei mais cedo e fiquei te olhando dormir Imaginei algum suposto medo para que tão logo pudesse te cobrir tenho cuidado de você todo esse tempo você esta sobre meu abraço e minha proteção tenho visto você errar e crescer, amar e voar você sabe onde pousar ao acordar já terei partido ficarei de longe escondido mas sempre perto, de certo como se fosse humano, vivo, vivendo pra te cuidar, te proteger, sem você me ver sem saber quem sou se sou anjo ou se sou seu amor Afinal, quem eu sou? Seu anjo, ou seu amor? Tenho asas? Anjos aparecem invisíveis Humanos também, quando amam Quero dizer que já não importa mais, saber de onde eu venho Se tudo que sou pra você, é amor E se ainda assim, quiser voar Te levo comigo, te mostro as estrelas Outros alados, Deus, a vida celeste E depois voltamos pra nossa casa até nos amarmos até morrermos Para dizer que é seu o anel Sou seu amor na terra E seu anjo no céu.
AnjoSaulo Fernandes
Acredita em anjo
Pois é, sou o seu
Soube que anda triste
Que sente falta de alguém
Que não quer amar ninguém.
Por isso estou aqui
Vim cuidar de você
Te proteger, te fazer sorrir
Te entender, te ouvir
E quando tiver cansada
Cantar pra você dormir.
Te colocar sobre as minhas asas
Te apresentar as estrelas do meu céu
Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel.
Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Vou estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Vou fazer tudo que você deseja.
Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.
Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Farei tudo, tudo, tudo que deseja.
Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.
Nadav Kander, Erin O’Connor posing as Ophelia, 2004
O pôr-do-sol já se despedia de mim, quando ela mansamente surgiu ao longe. Ainda distante, aquela suntuosa aparição me despertou atenção. O já quase velho coração acelerou repentinamente dentro do peito, numa batida que lembrava o saudoso frevo do último carnaval passado em Olinda. Meu olhar que antes dançava por entre os transeuntes que na busca incessante por saúde e corpos perfeitos faziam suas corridas diárias às margens da lagoa, agora ficara estático diante daquela verdadeira prova da existência de Deus. Haveria amostra mais divinal do que aquele exemplar feminino de beleza? Decerto que não.
Aos poucos fui percebendo, que de forma cadenciada e discreta ela se aproximava. Seu caminhar elegante e suave denunciava que aquela era uma figura feminina singular. Seu vulto agora próximo já se fazia real diante de mim. Nossa! Ela era mais bela do que imaginara minha míope fantasia. É verdade que já havíamos nos cruzado outras vezes, em outros lugares, em outras situações. Naquele início de noite, porém, ao praticamente tocá-la com minha íris, pude enfim perceber o quanto era verdadeiro tudo que diziam seus incontáveis admiradores. Impossível não apreciar tamanha perfeição desenhada sobre aquela branca epiderme.
Ao me flagrar sob o controle de seus encantos, procurei me esquivar. Estrategicamente escorreguei os meus olhos em outra direção, para não ter mais em minhas retinas a doce fotografia da sua face que agora se desenhava em detalhes a minha frente. Contudo já se fazia tarde, o brilho do seu olhar já hipnotizara o meu ser e conduzia sem nenhum pudor o meu querer.
Sabendo-se objeto de desejo de tantos, ela propositalmente brincava com meus sentimentos sem nenhuma compaixão e, como todo ser enamorado, eu totalmente desprovida de receio me oferecia como alvo das suas tão eficazes armas de sedução. Embora aparentemente parecesse observar a todos, o seu achegar me permitiu imaginar que seu olhar distraído me contemplava de modo especial. Conhecedora do seu poder sedutor, ela sabiamente se aproveitou da fraqueza inerente aos apaixonados, que naquele instante em mim fluía, para acenar com um desavergonhado sorriso.
Com a alma inteiramente embriagada e o corpo em total estado tórpido, recusava-me a dizer adeus, embora o último badalar do sino da igreja me avisasse que já era hora de partir. Fiquei ali, pois, por mais alguns instantes, enquanto a via delicadamente deitar-se sobre as águas escuras daquele belo cartão-postal. Seu corpo imerso tentadoramente me convidava a também mergulhar. Dei alguns passos em direção às águas. Totalmente gélida a água em meus pés contrastava com o quente pulsar em meu peito. De repente, em uma orquestrada sinfonia, o coaxar dos sapos, o cri-cri dos grilos e o piscar dos vaga-lumes me acordaram daquele transe lunar e me avisaram que eu não sabia nadar. Olho, pois, mais uma vez para ela e com um saudoso sorriso despeço-me, enquanto ouço ao fundo a Clair de Lune, de Debussi.
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São Demais os Perigos desta Vida Toquinho e Vinícius São demais os perigos desta vida Pra quem tem paixão principalmente Quando uma lua chega de repente E se deixa no céu, como esquecida E se ao luar que atua desvairado Vem se unir uma música qualquer Aí então é preciso ter cuidado Porque deve andar perto uma mulher Deve andar perto uma mulher que é feita De música, luar e sentimento E que a vida não quer de tão perfeita Uma mulher que é como a própria lua: Tão linda que só espalha sofrimento Tão cheia de pudor que vive nua
1. Este poema apareceu pela primeira vez na peça Orfeu da Conceição. É a primeira fala, e quem a diz é o Corifeu. Daí, quando recolheu este texto no seu Livro de sonetos, Vinicius deu a ele o título "Soneto do Corifeu". Mais tarde, o poema foi musicado por Toquinho, e ganhou o título "São demais os perigos desta vida", que deu nome ao disco homônimo (1972) da dupla Vinicius e Toquinho. 2. O soneto é uma composição poética constituída por 14 versos, distribuídos, segundo o modelo petrarquiano (também chamado "soneto italiano"), em 2 quadras e 2 tercetos, as primeiras apresentando duas ordens de rimas e estes últimos duas ou três ordens. O esquema rimático mais freqüente é: a b b a / a b b a / c d c / c d c
"De todos os livros que eu li, quero as melhores virtudes, os amores certos, os sorrisos bons, os valores grandes, os sonhos possíveis, a graça do lutar, a beleza do ser. Quero a magia do sentir e a dádiva do palavrear. De todos os livros que eu li, quero juntar tudo o que for digno de página pra anexar no meu livro: A vida."
"Amar é mudar a alma de casa", é ter no outro, nosso pensamento. Amar é ter coração que abrasa, amar, é ter na vida um acalento. Amar é ter alegria que extravasa, amar é sentir-se no firmamento. "Amar é mudar a alma de casa", é ter no outro, nosso pensamento. Amar, é aquilo que embasa, é ter comprometimento. Amar é, voar sem asa, e porque amar é acolhimento, "amar é mudar a alma de casa"
(Mário Quintana, in: Apontamentamentos de História Sobrenatural)
Com vocês a sensacional Nordestina (Paraibana) Mayana Neiva e seu “Cordel da mulher Paraibana”, um das melhores descrições da “Mulher Nordestina” que já pude ler e ainda por cima, em forma de poesia! Brava! Incrível! Arretada por demais!
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Assista a trecho da entrevista, no Programa do Jô, em que Mayana Neiva recita o seu belo poema: http://www.youtube.com/watch?v=Ag6VrlR0JIk
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas... Quando se vê, já é sexta-feira... Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida... Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado. Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.
Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;
O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !
Que auroras, que sol, que vida
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar
O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
Oh dias de minha infância,
Oh meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delicias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha, irmã !
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Pés descalços, braços nus,
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas
Brincava beira do mar!
Rezava as Ave Marias,
Achava o céu sempre lindo
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar !
Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da, minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
"(…) Ser pedra não me basta, por isso sou andorinha. E, quando minhas asas eu perder ou então elas falharem, terei pés capazes de continuar minha jornada, sentindo o chão, a terra, o barro. E, se um dia me aleijarem, terei braços para me levarem até o rio mais próximo e simplesmente nadar. Porque a vida não irá me parar... somente se eu desistir."
A música abaixo é uma das faixas de destaque da trilha sonora da novela "Gabriela", produzida e exibida pela Rede Globo de 14 de abril a 24 de outubro de 1975, às 22h. Adaptado do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, por Walcyr Carrasco e dirigido por Mauro Mendonça Filho, um remake da telenovela entrou no ar, em 18 de junho de 2012, com Juliana Paes no papel-título, sendo a segunda telenovela "das onze" da emissora.
Com o remake de Gabriela, voltamos a ouvir belas canções que marcaram época. Hoje, indico uma linda, composta por Sueli Costa, na voz maravilhosa e inconfundível de Maria Bethânia.
Coração Ateu Maria Bethânia
O meu coração ateu quase acreditou
Na tua mão que não passou de um leve adeus
Breve pássaro pousado em minha mão
Bateu asas e voou
Meu coração por certo tempo passeou
Na madrugada procurando um jardim
Flor amarela, flor de uma longa espera
Logo meu coração ateu
Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento já me despedi
Meu coração ateu não chora e não lembra
Parte e vai-se embora
Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento já me despedi
Meu coração ateu não chora e não lembra
Parte e vai-se embora
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)
* Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.
O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.
Neste momento, aproveito para convidar você que me visita, para, juntos, rezarmos uma das orações mais bonitas que conheço: a oração de São Francisco. Independente da religião, jamais se pode negar a força e a profundidade destas belas palavras quando pronunciadas pelo coração.
Pintura: Oração de São Francisco . F. Ikoma
Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna. Amém!
"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca."
Quando alguém diz que pretende acabar a relação pois não está feliz pensa exclusivamente em sua felicidade. Não estava no casamento.
Felicidade não é egoísmo. E ninguém será feliz do mesmo jeito para definir que deixou de ser feliz.
Felicidade muda rápido demais para se tornar uma resposta. Felicidade é, no máximo, uma pergunta.
"Não estou feliz" é desculpa de quem não deseja mais se esforçar e doar sua ternura. É uma declaração de fundo falso porque não revela o que acontecia na vida a dois.
É blefe, avareza, ausência de cumplicidade. A alegria do casamento é que deveria estar no centro da questão (a matéria a ser avaliada), não a felicidade de um dos dois.
Quando a gente está triste, procuramos igualmente o colo de quem amamos. Estar triste é ter a felicidade de contar a tristeza para nossa companhia e ser confortado.
Mesmo infeliz, ainda existe a felicidade do casamento.
A infelicidade individual é um golpe de estado.
NÃO ESTAMOS FELIZES (ACEITAÇÃO DAS DIFICULDADES)
Já quando alguém diz que pretende se separar pois acha que o casal "não está mais feliz" é uma pessoa pensando na felicidade do par.
Avaliou todos os cenários antes de pedir a conversa.
Percebe que existe uma felicidade de cada um, além da felicidade que é a soma da rotina dos dois, daquilo que realizam para se divertir e amar.
Há a felicidade própria e também um território neutro, onde nos alimentamos do contentamento do convívio e do prazer de estar com o outro (ainda que triste).
Porque a felicidade do par pode sustentar a falta de felicidade individual. Ou a felicidade individual pode compensar a falta de felicidade do casal.
Quando as duas infelicidades se encontram, é difícil resistir à crise.
Sou Professora de Língua Portuguesa e Literatura. Atualmente atuo como Técnica Pedagógica dos Programas de Leitura da Coordenadoria de Desenvolvimento Escolar - CODESE - na Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do RN - SEEC/RN.